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20/09/2024 - 15h32Intervalo Cultural tem apresentação do Coral do Instituto Mano Down e entrega de cadeira de rodasO evento celebrou a campanha Setembro Verde
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio da Diretoria Executiva de Comunicação (Dircom), realizou, nesta sexta-feira (20/9), edição especial do Projeto Intervalo Cultural para ampliar ainda mais a visibilidade da campanha Setembro Verde, destinada à promoção da acessibilidade e inclusão das PcDs - Pessoas com Deficiência. Houve a apresentação do Coral Voz Ativa, que é formado por músicos e cantores com Síndrome de Down, e entrega de uma cadeira de rodas em parceria com a Associação Lacre do Bem.
O presidente do TJMG posou entre os integrantes do Coral Voz Ativa do Instituto Mano Down (Crédito: Gláucia Rodrigues/TJMG)
A cadeira de rodas foi doada à mãe de Viviane Barbosa em ato que teve a participação do presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, do servidor Ricardo de Freitas Reis, representando o superintendente de Acessibilidade e Inclusão do TJMG, desembargador Luiz Artur Rocha Hilário; da idealizadora do Lacre do Bem, Júlia Macedo, e da gestora social do Projeto Lacre do Bem, Ivete Macedo.
O presidente Corrêa Junior ressaltou a importância da pulgação e celebração da campanha Setembro Verde, em prol da inclusão e acessibilidade. “O Tribunal tem uma missão institucional, que é a de prestar jurisdição e julgar processos. Mas nós não podemos nos esquecer de que estamos inseridos num contexto social e, nesse âmbito, precisamos interagir e abraçar o compromisso social de auxiliar a sociedade no resgate de todas as pessoas que necessitam de nosso auxílio”, disse.
Ele disse também que “o Tribunal de Justiça está de mãos dadas com a Associação Lacre do Bem e com o Instituto Mano Down. "Vamos evoluir muito, porque o nosso compromisso é com a sociedade. E, nela, absolutamente todos merecem a nossa atenção”, afirmou.
Voz Ativa
O Coral Voz Ativa, do Instituto Mano Down, é formado por 14 integrantes: Débora de Matos Machado, Giulia Bárbara Santos, Helga Almeida de Souza Ribeiro, Henrique de Souza Ribeiro, ítalo Matheus de Faria, João Vitor Moreira Morato, Letícia Resende Silva, Samuel Formaggini Souza, Tatiany de Nascimento Telesforo, Vânia Jhulianne Carneiro Silva, Walter Neubert, ítalo Reginaldo e Laura Cunha. Henrique Thiago Dias também é cantor e o tecladista do grupo.
A apresentação também contou com o regente Dênis Costa; o coordenador do Instituto Mano Down e criador do coral, Daniel Viana; o percussionista Henrique Costa; e também o músico Dudu do Cavaco, que foi quem inspirou a criação do Instituto, há cinco anos.
O Instituto Mano Down surgiu em 2011, após a publicação do livro “Mano Down – Relatos de um irmão apaixonado”, de autoria de Leonardo Gontijo. Na obra, Leonardo relata as vivências com seu irmão Eduardo, o Dudu do Cavaco, músico com síndrome de Down. A partir da publicação da obra, teve início uma trajetória em prol da visibilidade e da criação de oportunidades para que pessoas com síndrome de Down fossem incluídas na sociedade e reconhecidas por suas capacidades. A formalização legal do Instituto ocorreu em 2015, ajudando pessoas com deficiência intelectual a se desenvolverem, terem autonomia e serem incluídas na sociedade.
Ivete Macedo, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, Ricardo de Freitas, Júlia Macedo e Viviane Barbosa durante a entrega da cadeira de rodas (Crédito: Gláucia Rodrigues/TJMG)
Admiração e aprovação
O juiz auxiliar da Presidência do TJMG, Marcelo Rodrigues Fioravante, disse que foi o show um momento muito especial para o Tribunal e para toda a comunidade que acompanha esses eventos culturais. "O projeto Mano Down é muito relevante para o Tribunal de Justiça e, hoje, tivemos a chance de contemplar um excelente repertório musical do coral da entidade, em apresentação emocionante”, disse.
O juiz auxiliar da Presidência, Marcelo Fioravante, achou a apresentação emocionante e apoia a parceria entre as instituições (Crédito: Gláucia Rodrigues/TJMG)
Quem também assistiu à apresentação foi a aposentada Sônia Gomes, de 92 anos, que sempre acompanha as edições do Intervalo Cultural. “u não sabia que hoje seria o coral e tive essa ótima surpresa. Aproveitei e visitei também a exposição da artista Maria Helena Andrés, que está na Galeria do Tribunal”, comentou.
Sônia Gomes, de 92 anos, assistiu à apresentação e aproveitou para visitar a exposição da artista Maria Helena Andrés, na Galeria do TJMG (Crédito: Gláucia Rodrigues/TJMG)
Emoção, inclusão e muita alegria
No show, o coral apresentou sucessos da MPB, de cantores como Beto Guedes, Milton Nascimento, Dorival Caymmi e Roberto Carlos, entre outros, além do hino do Instituto Mano Down. Também executou uma música autoral do tecladista Henrique Dias, chamada "Nada é mais eficiente que o amor", que fala sobre a importância da inclusão.
A coralista Helga Ribeiro sempre se emociona quando canta. “Eu nem sei o que dizer. É uma alegria muito grande. É maravilhoso”, disse. O cantor João Vitor Norato tambéem se emocionou: “Amo muito e sou feliz demais por poder participar do coral”.
Henrique Dias, que é autista, disse que entrou para o instituto em 2021. "Eu já participava de algumas oficinas e me tornei coralista. Está sendo uma experiência muito bacana integrar esse time maravilhoso”, afirmou.
Helga Ribeiro, João Vitor Norato e Henrique Dias (ao fundo) são membros do Coral Voz Ativa (Crédito: Gláucia Rodrigues/TJMG)
Para Leonardo Gontijo, diretor presidente do Instituto Mano Down, o Intervalo Cultural foi mais uma excelente oportunidade para mostrar o trabalho do Coral Voz Ativa. “Nós trabalhamos a inclusão de várias formas. Existe a inclusão laboral, a inclusão esportiva e a inclusão artística. E a arte muda perspectivas. O nosso coral valoriza a persidade. Temos cores, gêneros, raças diferentes. Pessoas com e sem deficiência. Porque a inclusão é isso. Dudu me ensinou que a música muda olhares, desmistifica e quebra preconceitos e é o que trouxemos aqui hoje”, disse.
Dudu do Cavaco, que inspirou a criação do Instituto Mano Down, também se apresentou (Crédito: Gláucia Rodrigues / TJMG)
Campanha Setembro Verde
Setembro Verde é a campanha destinada à promoção da acessibilidade e inclusão das PcDs - Pessoas com Deficiência. O TJMG reconhece a importância do tema e apoia a campanha que visa a dar visibilidade ao assunto e sensibilizar a sociedade sobre a garantia dos direitos fundamentais das pessoas com deficiência.
A Lei 13.146/2015 garante o exercício das liberdades fundamentais da pessoa com deficiência e assegura o acesso à saúde, à educação, ao trabalho, lazer e à locomoção. O TJMG, por meio da Superintendência de Acessibilidade e Inclusão, tem se dedicado a implementar medidas institucionais, que viabilizem o melhor desenvolvimento de políticas públicas inclusivas.
Lacre do Bem
O Projeto Lacre do Bem promove a doação de cadeiras de rodas adquiridas por meio da arrecadação dos lacres de latinhas de alumínio. O TJMG é uma parceira da associação por meio do Centro de Sustentabilidade, integrado à estrutura da Secretaria de Governança e Gestão Estratégica (Segove). Há pontos de coleta de lacres nas unidades da Corte mineira em Belo Horizonte e no interior do estado.
Na capital, o público interno e externo do Tribunal pode realizar as doações no Edifício Sede, no Anexo I, no Anexo II – Corregedoria, no Anexo III (Timbiras), no Cejusc – BH, no Edifício Liberdade, no Fórum Raja Gabaglia, no Edifício Mirafiori (18º andar) e na Unidade – Francisco Sales.
O público se emocionou, cantou junto e bateu palmas para o Coral Voz Ativa (Crédito: Gláucia Rodrigues/TJMG)
A doação de 352 mil lacres, o equivalente a 105 quilos, possibilita a doação de cadeira de rodas a quem precisa. O projeto, que transforma vidas, tem a missão de promover a reciclagem, a educação ambiental e a inclusão de pessoas com deficiência. Até o momento, o projeto já doou 986 cadeiras e cerca de 93 toneladas de lacres recebidos.
Assista a um vídeo sobre a apresentação:
Veja aqui o álbum de fotos da apresentação do Coral Voz Ativa no Intervalo Cultural.
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Fonte:
TJ Minas Gerais
20/09/2024 (00:00)