12/07/2024 -
17h09Equipe do GMF do TJMG participa do evento "Caminhos Literários", do CNJAção promove a cultura, a arte e a leitura em centros socioeducativos
Equipes do GMF e do programa Fazendo Justiça, do CNJ, acompanharam visita de adolescentes ao Quilombo Souza (Crédito: Divulgação GMF/TJMG)
O Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e das Medidas Socioeducativas do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (GMF/TJMG) e unidades socioeducativas do estado participam do evento "Caminhos Literários no Socioeducativo: pelo Direito à Cultura", promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nos dias 11, 12, 16 e 17/7.
O tema desta terceira edição é "O que Pode a Cultura no Sistema Socioeducativo?" e traz como destaque o lançamento da Diretriz Nacional de Fomento à Cultura na Socioeducação, documento construído a partir dos resultados obtidos pelo Censo Nacional de Práticas de Leitura no Socioeducativo e pela 1ª Conferência Livre de Cultura no Socioeducativo.
De acordo com o supervisor do GMF, desembargador José Luiz de Moura Faleiros, o contato com o mundo da arte, neste caso específico, da literatura, pode transformar a vida das pessoas, sobretudo daquelas que precisam escolher trajetórias de recomeço. “A leitura é uma potente ferramenta de empoderamento dos adolescentes enquanto cidadãos em formação e protagonistas de suas próprias histórias. A arte, cultura e a leitura são essenciais para a superação das implicações de uma privação de liberdade precoce. É através da leitura que o sujeito pode enriquecer seu conhecimento, transformando sua realidade social”, afirmou.
O desembargador José Luiz Faleiros, supervisor do GMF, defende a leitura como ferramenta de transformação de percursos (Crédito: Euler Junior/TJMG)
A cerimônia virtual de abertura, realizada em 11/7, e outras atividades na data foram transmitidas ao vivo pelo canal do CNJ no YouTube, com a participação do escritor Jefferson Tenório, vencedor do prêmio Jabuti de 2011 com o livro “O Avesso da Pele”; da atriz, poeta e escritora Elisa Lucinda e do escritor Estevão Ribeiro, autores de “Rê Tinta e a Revolução Escolar”; e da autora maranhense Anita Machado, que falaram sobre o processo criativo da escrita e suas obras. Veja a programação completa.
As adolescentes do Centro Socioeducativo São Jerônimo, na capital, visitaram o Quilombo Souza (Crédito: Divulgação GMF/TJMG)
O segundo dia de evento, nesta sexta-feira (12/7), foi restrito às mais de 50 unidades socioeducativas do país, que incluíram uma série de atividades culturais presenciais com os adolescentes que se encontram em cumprimento de medidas socioeducativas. Cada unidade definiu sua programação, abrangendo propostas como saraus, leituras, debates, atividades externas para conhecer equipamentos culturais. Entre os convidados, estiveram escritores, repentistas, poetas, rappers e demais agentes culturais da região.
Em Minas Gerais, três unidades socioeducativas participaram da 3ª edição do Caminhos Literários em 12/7: o Centro Socioeducativo de Montes Claros, que promoveu espetáculo de danças folclóricas da região do Norte de Minas e recebeu grupos do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez para uma apresentação musical; o Centro Socioeducativo de Governador Valadares, que organizou atividades culturais de valorização da história do povo negro no Brasil e de enfrentamento ao racismo, com o Coletivo Abayomi; e o Centro Socioeducativo São Jerônimo, unidade que atende o público feminino e transgênero em Belo Horizonte, que oportunizou às adolescentes uma visita ao Quilombo Souza. Acompanharam a visita ao quilombo a assistente técnica do Programa Fazendo Justiça, do CNJ, Cynthia Maria Santos Águido, e a assessora do GMF Ana Beatriz Magalhães.
Atividade integrou programação mineira da 3ª edição de projeto Caminhos Literários, do CNJ (Crédito: Divulgação GMF/TJMG)
Para o juiz José Roberto Poiani, integrante do GMF/TJMG para assuntos do socioeducativo, educação e cultura caminham juntas no rol das prioridades absolutas do artigo 227, da Constituição Federal de 1988. “São direitos que têm a potência de promover cidadania e fazer a diferença na ressocialização e na vida dos adolescentes e jovens que estão em cumprimento de medidas socioeducativas. Além disso, atividades culturais humanizam e tornam mais leve o ambiente dessas unidades”, ressaltou.
Os encontros dos dias 16/7 e 17/7 acontecerão de forma virtual e restrita, sem transmissão ao vivo, contando apenas com a participação de convidados, adolescentes, gestores e trabalhadores de mais de 70 unidades socioeducativas de internação e semiliberdade nas 27 unidades federativas do país inscritas para participar do evento.
Espaço é marcado pela afirmação de valores, tradições e fazeres da comunidade quilombola (Crédito: Divulgação GMF/TJMG)
A programação contará com painel sobre quadrinhos, participações especiais de Marcos Cajé, professor e escritor de literatura afrofantástica; Carlos Gritti, ilustrador de Uzuri e da obra Máscaras do poder: a origem; e Douglas Reverie, professor de arte e ilustrador de João do Rio e Contos de Macatu. Os adolescentes farão, também, uma visita virtual ao Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, equipamento cultural do estado de São Paulo. Ainda durante os dois dias serão realizadas apresentações de adolescentes a partir de práticas culturais promovidas pelas unidades socioeducativas.
*Com informações do CNJ
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